PR atribui situação nos hospitais à perda de tempo na nova gestão do SNS

O Presidente da República atribuiu hoje as dificuldades de funcionamento registadas em vários hospitais do país à "perda de tempo na montagem" do novo modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Notícia

© Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República

Lusa
03/11/2023 18:36 ‧ 03/11/2023 por Lusa

País

Marcelo Rebelo de Sousa

Questionado pelos jornalistas na Feira Nacional do Cavalo, na Golegã (Santarém), sobre os constrangimentos nos serviços de urgências em hospitais de todo o país e sobre os riscos inerentes a esta situação, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: "Porque é que pode acontecer isso? Porque, precisamente, houve uma perda de tempo na montagem do Serviço Nacional de Saúde".

Mais de 30 hospitais de norte a sul do país estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços devido à dificuldade das administrações completarem as escalas de médicos.

Em causa está a recusa de mais de 2.500 médicos em fazerem mais do que as 150 horas extraordinárias anuais a que estão obrigados.

Esta crise já levou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, a admitir que novembro poderá ser dramático, caso o Governo e os sindicatos médicos não consigam chegar a um entendimento.

As negociações entre sindicatos e Governo já se prolongam há 18 meses e há nova reunião marcada para sábado.

Sobre um eventual acordo, o chefe de Estado realçou que, "mais importante do que um acordo pontual, é montar a nova gestão do Serviço Nacional de Saúde".

"Isso é que é duradouro. Acordo pontual resolve num determinado momento e pacifica a situação nesse momento, montar a nova gestão do Serviço Nacional de Saúde é que é uma realidade que se quer duradoura, para viabilizar o Serviço Nacional de Saúde", declarou, referindo que o país precisa de um SNS forte.

Para o chefe de Estado, "só se evita problemas no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente críticos, com aquilo que se prometeu fazer há um ano e tal e que é preciso executar, que é dar uma volta no modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde".

"Isso é o fundamental", insistiu.

À pergunta se o pacto nacional para a Saúde defendido pelo PSD faz sentido, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, "em domínios que são transversais, o que houver de entendimento, maior entendimento entre todos, partidos, parceiros económicos e sociais, é bom".

"Agora, há um Governo. O Governo diz 'tal como está, o Serviço Nacional de Saúde não está a funcionar bem, tem de funcionar melhor. Vamos criar um instituto para gerir sem ficar dependente do ministério e da partidarização e das decisões do Ministério da Saúde na gestão do dia a dia'", prosseguiu.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que "passou um ano e um mês, um ano e dois meses, isso ainda não aconteceu, parece que vai acontecer a partir do começo do ano que vem", sustentando que se está "a perder tempo".

"Cada dia que passa é tempo de mais", acrescentou.

Leia Também: Gestão do SNS tem que ser "independente, isenta e não politizada"

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