Leitão Amaro reitera intenção de cumprir legislatura "com diálogo"
O ministro da Presidência anunciou hoje que o Conselho de Ministros iniciou a preparação do programa de Governo, e repetiu a intenção de o executivo cumprir os 4,5 anos da legislatura "com humildade de diálogo".
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País Leitão Amaro
Na conferência de imprensa no final do primeiro Conselho de Ministros do XXIV Governo Constitucional, António Leitão Amaro não clarificou se o executivo tenciona apresentar um Orçamento Retificativo, nem se irá pedir o adiamento do prazo de entrega do Programa de Estabilidade, prevista para meados de abril.
"Percebemos a vossa curiosidade, mas as respostas a cada uma dessas legítimas dúvidas virão e serão transmitidas aos portugueses no momento certo", afirmou.
O ministro da Presidência não esclareceu também se o programa de Governo será, ou não, exatamente igual ao programa eleitoral com que a coligação AD (PSD/CDS-PP/PPM) concorreu às eleições), nem quando haverá decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa.
"Cerca de 12 horas depois do Governo empossado, começámos a trabalhar num governo de mudança para os portugueses, um governo humilde e de diálogo que se propõe em quatro anos e meio fazer a transformação estrutural do país", disse.
Questionado várias vezes pela comunicação social se o novo Governo tenciona apresentar um Orçamento Retificativo, Leitão Amaro disse apenas que o executivo quer cumprir os seus compromissos eleitorais, mas admitiu que existem limitações orçamentais.
"As limitações orçamentais existem e exigem de todos - governantes, outros atores políticos - a terem uma consciência e sentido de cumprimento desses limites", afirmou, defendendo que "as disponibilidades orçamentais que existem devem ser conhecidas pelos portugueses".
Já à pergunta se será atualizado o cenário macroeconómico previsto no programa da AD, uma vez que existem novas previsões económicas, Leitão Amaro remeteu esta resposta para o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, "no momento certo".
Instado a dizer se o Governo terá parceiros preferenciais de diálogo, o ministro repetiu a expressão usada na terça-feira por Luís Montenegro, na tomada de posse, de que o Governo irá falar com "todos, todos, todos", referindo-se a partidos, agentes do setor e sociedade civil.
António Leitão Amaro escusou-se igualmente a comentar o discurso do Presidente da República na tomada de posse ou até a revelar quando serão conhecidos os secretários de Estado, cuja posse está marcada para sexta-feira, considerando que a formação de Governo tem sido rápida e decorrido "com clima de responsabilidade e sentido institucional".
"Foi um gosto e espero que continue a ser um gosto interagirmos, respeitamos muito o vosso trabalho", despediu-se Leitão Amaro, no final de quase uma hora de conferência de imprensa, na qual respondeu às perguntas de todos os órgão de comunicação social presentes.
[Notícia atualizada às 14h17]
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