Na conferência de imprensa do primeiro Conselho de Ministros do XXIV Governo Constitucional, António Leitão Amaro recusou comentar, por exemplo, a ausência do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, na tomada de posse na terça-feira ou a responder se os socialistas serão o parceiro preferencial de diálogo.
"Eu não vou aqui desempenhar o papel de um agente de debate parlamentar. Representamos o Governo de Portugal, não é daqui que vamos entrar numa lógica ou num hábito de dialética parlamentar ou de política partidária", afirmou.
Por outro lado, questionado sobre o calendário de vários compromissos eleitorais assumidos na campanha pela Aliança Democrática (coligação pré-eleitoral composta por PSD, CDS-PP e PPM), assegurou que "vão ser céleres, mas não acontecem todos em 12 horas", referindo-se ao prazo que passou desde a tomada de posse de terça-feira.
"Não deixa de ser curioso que nos seja pedido, até assumido, uma facilidade em realizar coisas, soluções, medidas, que durante anos, não foram realizadas. Se eram assim tão simples, porque não foram feitas?", questionou.
Questionado se o novo Governo irá concretizar a mudança para o novo edifício da Caixa Geral de Depósitos, o ministro da Presidência disse que "o processo não está pronto".
"Não havia condições, por exemplo, para realizar o Conselho de Ministros, não há uma sala de Conselho de Ministros naquele edifício", disse.
O último Conselho de Ministros do XXIII Governo Constitucional, na semana passada, realizou-se, num formato especial e presidido pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, nas instalações da Caixa Geral de Depósitos.
Também questionado se irá aprovar os diplomas que o Governo do PS disse ter deixado prontos para concretizar a próxima transferência do Plano de Recuperação e Resiliência, Leitão Amaro foi prudente.
"Vamos ao longo das próximas semanas perceber que o Governo anterior - fez o seu papel, transmitiu a sua mensagem - quis inspirar certas perceções, nós vamos transmitindo aquilo que fazemos, não promessas do que um dia faríamos", afirmou, acrescentando que o Governo que integra só pretende transmitir "decisões definitivas".
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