O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, decidiu abandonar as reuniões de negociação com o Governo depois de a ministra da Administração Interna ter, esta quinta-feira, proposto um aumento de 180 euros para os polícias.
"Houve um compromisso, por parte do SINAPOL aos seus associados e aos polícias em geral, que a razão de nós estarmos nestas negociações era para igualar o suplemento de missão, que agora está a ser negociado para a PSP, àquele que já é atribuído aos nossos colegas da Polícia Judiciária", começou por dizer Armando Ferreira aos jornalistas à saída do ministério da Administração Interna, onde esteve reunido com a ministra, Margarida Blasco.
Para o presidente do SINAPOL, "ficou bem claro" na reunião de hoje que o objetivo não vai ser cumprido. "A senhora ministra da Administração Interna disse-nos que isso nunca vai acontecer, porque ela não tem capital, não tem meios financeiros", referiu.
Armando Ferreira confessou não acreditar que a situação possa ser revertida. "Se estamos em 180 euros e aquilo que ambicionávamos era atingir um aumento de sensivelmente 600 euros, estamos muito longe", afirmou.
Apesar de ter rejeitado comparecer na próxima ronda negocial, marcada para dia 3 de junho, Armando Ferreira assumiu que pode "rever a decisão" no caso de "receber um sinal do Governo, que seja um sinal forte de que vão haver alterações".
Relembre-se que no final da reunião com os seis sindicatos da PSP, as estruturas indicaram que a ministra da Administração Interna propôs que a vertente fixa do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança passe dos 100 para os 280 euros, mantendo a vertente variável de 20% do ordenado base.
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