Madeira. Sete famílias retiradas da Fajã das Galinhas já foram realojadas
Sete famílias da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos, num total de 22 pessoas, já foram realojadas depois de terem sido retiradas de casa devido ao incêndio que lavrou na Madeira, indicou hoje o presidente da autarquia.
© Facebook Paulo Cafôfo
País Incêndio
Em 17 de agosto, 120 pessoas foram retiradas do sítio da Fajã das Galinhas, na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, nas zonas altas do concelho, devido às chamas que cercaram a zona e tornaram intransitável a única estrada de acesso, numa extensão de cerca de dois quilómetros ao longo de uma escarpa.
Vários munícipes foram para casas de amigos e familiares e outros foram alojados temporariamente nos centros comunitários de Câmara de Lobos e do Estreito de Câmara de Lobos.
Hoje, o presidente de Câmara de Lobos, Leonel Silva, disse que, dessas pessoas, 22 já foram realojadas.
Referindo-se especificamente às pessoas que estão no centro comunitário de Câmara de Lobos, o autarca perspetivou na segunda-feira que fossem todos realojados até ao final desta semana.
Questionado hoje sobre quando espera retirar as pessoas do centro comunitário, o autarca não quis avançar com uma data, admitindo que pode demorar "algumas semanas".
"Neste momento, temos 35 pessoas no centro comunitário e durante este fim de semana vamos ficar só com 27 porque vão sair algumas pessoas do centro comunitário durante estes dias", adiantou.
O presidente da Câmara acrescentou que espera na próxima semana realojar mais quatro famílias.
"Entretanto, temos já também 13 alojamentos identificados, mas que obrigam a algumas obras e podem demorar mais algumas semanas", acrescentou.
Estes realojamentos estão a ser realizados em imóveis privados, da Câmara Municipal, do Governo Regional e de uma paróquia, referiu Leonel Silva.
No sábado, o autarca afirmou que a Fajã das Galinhas não oferece condições de segurança para as pessoas poderem regressar às suas casas e adiantou que a autarquia vai iniciar brevemente a construção de 30 moradias num investimento de 7,5 milhões de euros na zona do Castelejo, próxima da Fajã das Galinhas, localidade que não oferece riscos.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana.
Na segunda-feira, ao fim de 13 dias, a proteção civil regional indicou que o fogo estava "totalmente extinto".
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida.
Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
Leia Também: Moradores entre o alívio e lamento por deixarem a Fajã das Galinhas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com