A mãe de Fábio Guerra, polícia que morreu em março de 2022, aos 26 anos, na sequência de agressões à porta da discoteca Mome, em Lisboa, reagiu à absolvição de Clóvis, um dos três arguidos acusados do homicídio do filho.
Nas redes sociais, horas após a decisão do Tribunal da Relação ser conhecida, Elsa Guerra questionou "onde para a Justiça no nosso país" e acusou Clóvis de ser "um assassino como os outros" dois arguidos, Cláudio Coimbra e Vadym Hrinko, condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente.
"Só me apetece gritar. Uma decisão injusta e revoltante....Onde para a justiça no nosso país? Se acreditávamos na justiça, acreditávamos, mas agora? Ele é um assassino como os outros. Andou fugido à Justiça porquê? Porque era inocente? Sou o rei do Montijo diz alguma coisa? Sair feliz da vida do local onde o Fábio foi agredido não significa nada? Pois ele está vivo e o meu filho não está. Aí mostra o carácter da pessoa. Queremos Justiça", escreveu na sua página de Facebook.
Recorde-se que Clóvis Abreu foi condenado a 14 anos de prisão em novembro passado, pelos crimes de homicídio qualificado, homicídio na forma tentada e ofensas à integridade física, mas viu agora a sua pena ser reduzida para seis anos de prisão, depois de ser absolvido, pelo Tribunal da Relação, do crime de homicídio qualificado consumado, por entender que não ficou provado que este tinha pontapeado a cabeça da vítima.
Clóvis Abreu terá ainda assim de pagar uma indemnização no valor de 184 mil euros à família da vítima.
Clóvis foi o terceiro arguido a ser condenado pela morte de Fábio Guerra, depois de o Tribunal de Lisboa já ter considerado que este agiu de forma concertada com os então fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrinko, condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente.
A morte de Fábio Guerra aconteceu em março de 2022, na sequência de agressões à porta da discoteca Mome, em Lisboa. O jovem, de 26 anos, morreu a 21 de março no Hospital de São José devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões.
Cláudio Abreu entregou-se às autoridades em setembro de 2023, mais de um ano depois de o crime acontecer. Na altura, o advogado disse que desconhecia se o seu cliente tinha estado em Espanha durante esse ano e meio, defendendo que esteve "nunca esteve fugido". "Nunca foi notificado para ser presente", justificou na altura.
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