Tiago Barbosa Ribeiro quer demolir a estrutura de betão do Ourigo

O candidato do PS à Câmara do Porto disse hoje que, se for eleito, a estrutura de betão construída no Ourigo não irá "resistir muito mais tempo" e que não teria "autorizado sequer a construção".

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Lusa
19/09/2021 14:53 ‧ 19/09/2021 por Lusa

Política

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"Ela não vai resistir muito mais tempo, porque nós avançaríamos para a sua demolição, mas, ainda antes disso, nunca teríamos autorizado sequer a sua construção", adiantou Tiago Barbosa Ribeiro, falando da construção de betão que ocupa o areal da Praia do Ourigo.

Aquela estrutura é, considerou, "um exemplo paradigmático" da necessidade de "a Câmara Municipal do Porto ter um conjunto de competências descentralizadas que, aliás, o Governo quer descentralizar", mas o município "insiste em recusar".

Durante a manhã, no concorrido Passeio Alegre, a campanha socialista cruzou-se com uma pequena comitiva do Chega, tendo os dois cabeças de lista -- António Fonseca, do Chega, e Barbosa Ribeiro -- trocado um abraço, e com a campanha da CDU à União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, com quem deixou a porta aberta a um compromisso pós-eleitoral.

Depois de ter celebrado o seu aniversário com a comitiva do partido, o deputado socialista partiu para o contacto com a população, que mostrou "grande apoio ao projeto socialista", destacou.

Tiago Barbosa Ribeiro realçou ainda a "fortíssima componente ambiental" do seu programa eleitoral, que, "no caso de praias urbanas ou praias citadinas, como é o caso da Foz do Douro, implicam uma gestão integrada também com o património e com o que é o edificado".

"Não podemos desligar uma coisa da outra, e o que nós temos assistido, no caso da Foz, é uma enorme pressão urbanística e uma incapacidade também do PDM de conseguir regular os diferentes acessos e os diferentes usos e direitos no equilíbrio da cidade", referiu.

Em relação àquela zona do Porto, apontou os "erros que foram cometidos", voltando a mencionar os pinos que dificultam a mobilidade, mas também "as faixas de 'bus' que foram desenhadas, colocando sérios constrangimentos e todos os bloqueios que existem aqui à volta, como, por exemplo, a Avenida da Boavista, (...) que está diariamente absolutamente congestionada e sem qualquer tipo de plano de gestão da mobilidade".

O candidato não se mostrou surpreendido pela aceitação naquele que é um território muito associado ao movimento do atual presidente da Câmara, Rui Moreira.

"Não me surpreendeu minimamente, porque nós estamos no terreno durante quatro anos e, muitas vezes, as perceções que são criadas sobre aquilo que é a real implementação do Partido Socialista e o apoio que temos por toda a cidade, não correspondem ao apoio que temos tido", rematou o deputado.

São candidatos à presidência da Câmara do Porto, nas eleições de 26 de setembro, Rui Moreira (movimento independente "Rui Moreira: Aqui há Porto" - apoiado por IL, CDS, Nós, Cidadãos!, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).

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