Apesar de Águeda ainda não estar oficialmente atribuída (por não se ter realizado uma votação numa das freguesias), os sociais-democratas contabilizam este município para o seu lado, num total de 114 câmaras ganhas pelo PSD, 72 sozinho e 42 em coligações que lideraram.
Em relação a 2017, o PSD conquistou 32 novas autarquias, mas também perdeu 16, um pouco mais do que o secretário-geral e coordenador autárquico contava.
"Mas o saldo líquido para que apontávamos era entre dez e vinte e foi o que se verificou. O ganho mais significativo foi o qualitativo", afirmou José Silvano à Lusa.
Entre as câmaras ganhas pelo PSD - das 32 que ganhou, 26 foram retiradas diretamente ao PS - contam-se, por exemplo, Lisboa, Coimbra, Funchal ou Portalegre (esta última a um movimento independente), que vão permitir ao partido liderar nove das 18 capitais de distrito (contra cinco do PS) e as duas capitais das Regiões Autónomas.
Além das três novas capitais de distrito, os sociais-democratas mantêm Aveiro, Braga, Bragança, Faro, Santarém e Viseu e têm como principal revés a Guarda, perdida para o ex-presidente da concelhia social-democrata que concorreu como independente depois de ser preterido pela direção nacional.
Em 2017, o PSD teve o seu pior resultado de sempre, que levou à demissão do anterior líder, Pedro Passos Coelho: os sociais-democratas conquistaram 98 presidências (79 sozinhos e 19 em coligação), perdendo oito câmaras em relação a 2013, quando totalizavam 106 concelhos.
Além de mais câmaras e mais eleitos do que nas duas últimas autárquicas, os sociais-democratas tinham também apontado como meta encurtar a distância para o PS, que passou de 63 para 35 com os resultados de domingo.
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