Inflação? "Corte real" no poder de compra dos portugueses, diz PCP

O PCP considerou hoje que a inflação prevista para o final do ano representará um "corte real no poder de compra" de milhões de portugueses e exortou o Governo a aumentar salários e pensões para contrariar esta tendência.

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Lusa
30/11/2022 19:35 ‧ 30/11/2022 por Lusa

Política

PCP

Em comunicado, o PCP advertiu que a inflação no prevista para o final de 2022 "será superior a 8%, um valor que representará para milhões de trabalhadores e reformados um corte real no seu poder de compra com o valor equivalente a um salário ou a uma pensão das que auferiram este ano".

O "empobrecimento da população", na ótica dos comunistas, foi agravado com aprovação do Orçamento do Estado para 2023.

"Perante esta realidade, numa atitude alinhada com os interesses do grande capital, o Governo ao mesmo tempo que recusa a valorização dos salários e das pensões e a regulação dos preços dos bens e serviços essenciais [...], promove a transferência de recursos públicos para os grupos económicos [...], alimentando os lucros escandalosos que estes têm apresentado", prossegue a nota.

Para o PCP, o "rolo compressor dos direitos" que é reflexo da política "do Governo PS e a ação do PSD, CDS-PP, Chega e IL, precisa de ser travado".

O PS, acrescentou o PCP, está a tentar "impor mais exploração e empobrecimento", quando deveria prosseguir a via da "valorização dos salários e pensões, a valorização dos serviços pública, a promoção do investimento e da produção nacional".

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) recuou para 9,9% em novembro, face aos 10,1% de outubro, segundo a estimativa rápida avançada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, "tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 9,9% em novembro, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior".

Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 7,2% em novembro (7,1% no mês anterior), a taxa mais elevada desde dezembro de 1993.

A confirmar-se esta estimativa rápida do INE - os dados definitivos referentes ao IPC de novembro serão divulgados a 14 de dezembro -- trata-se da primeira descida da inflação desde agosto, mês em que, até agora, se tinha registado o único recuo da variação homóloga do IPC desde junho de 2021.

No mês de outubro, a taxa de inflação de 10,1% foi a mais alta desde maio de 1992.

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