Madeira. PS quer mudar a região e "devolver futuro às novas gerações"

O cabeça de lista do PS às legislativas da Madeira, Sérgio Gonçalves, disse hoje ser fundamental mudar a região para "devolver futuro às novas gerações" e afirmou que as políticas do executivo PSD/CDS-PP alteraram as condições de vida para pior.

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© Octavio Passos/Getty Images

Lusa
16/09/2023 22:04 ‧ 16/09/2023 por Lusa

Política

Eleições na Madeira

"De facto, é quase impossível ficar pior do que estamos hoje. E se estamos pior hoje é porque a Madeira já mudou para pior em 2015, quando Miguel Albuquerque [eleito presidente do Governo Regional nesse ano] tudo prometeu e pouco ou nada cumpriu", disse.

Sérgio Gonçalves reagia assim ao líder do executivo, que nestas eleições se candidata a um terceiro mandato, agora à frente da coligação Somos Madeira (PSD/CDS-PP), que disse num comício que "ninguém muda para pior", referindo-se à candidatura socialista às eleições de 24 de setembro.

"Nós temos que mudar para devolver futuro às novas gerações, para devolver futuro aos madeirenses", disse o cabeça de lista do PS, num jantar/comício em Santana, na costa norte da ilha, no qual participaram cerca de 100 pessoas.

"Temos no Partido Socialista as soluções necessárias para essa mudança, desde logo garantindo mais rendimentos aos madeirenses, baixando os impostos", reforçou.

Sérgio Gonçalves, também deputado regional e líder do PS/Madeira, sublinhou que no dia das eleições a escolha "é fácil", para logo acrescentar: "O voto no PS é o voto na alternativa, é o voto na mudança, é o único voto que muda a Madeira".

No jantar/comício em Santana, o candidato voltou a enumerar vários problemas da região e a apontar as soluções preconizadas pelo PS, como a aplicação do diferencial fiscal máximo de 30% em todos os impostos, a implementação de tempos máximos de espera para atos médicos e a possibilidade de recurso ao setor privado sem custos para o utente, a escolaridade obrigatória gratuita ao nível de transportes, alimentação e manuais escolares, a reposição do subsídio de insularidade para todos os funcionários públicos da região e o aumento do complemento regional de apoio aos idosos em 100 euros mensais.

Sérgio Gonçalves destacou também as propostas para o setor da habitação, como incentivos à construção cooperativa e a custos controlados através de contratos programa com as autarquias, e para o setor da agricultura, com mais apoios.

O cabeça de lista do PS assegurou, por outro lado, que, caso vença as eleições, não vai gastar 150 milhões de euros para aumentar o porto do Funchal, conforme pretende o executivo PSD/CDS-PP, uma obra que considera "inútil e desnecessária", canalizando antes essa verba para setores prioritários, como a habitação.

As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).

O PS, então liderado por Paulo Cafôfo, atual secretário de Estado das Comunidades, conseguiu o seu melhor resultado de sempre ao obter 19 mandatos.

Nesse ato eleitoral, o JPP elegeu três deputados e a CDU um.

Leia Também: Madeira. CDU denuncia zona "completamente esquecida" no centro do Funchal

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