Durante um discurso de 15 minutos em Quarteira, no concelho de Loulé, distrito de Faro, João Cotrim de Figueiredo apontou a mira aos adversários, nomeadamente à AD, PS e Chega, como tem feito nos últimos dias.
Quanto à AD e à escolha de Sebastião Bugalho, o cabeça de lista da IL considerou que o presidente social-democrata, Luís Montenegro, "preferiu apostar na popularidade e na aparente juventude em vez da substância do conhecimento de matérias europeias".
"Portanto, ficamos com um candidato que é, contrariamente àquilo que era enquanto comentador, tímido e pouco assertivo", sustentou.
E acrescentou: "Também se fica pelas meias-tintas, vimos isso em temas tão importantes como a liberdade de expressão".
Continuando na senda das críticas, Cotrim de Figueiredo assumiu que não esperava que um candidato apoiado pelo PSD dissesse em relação à liberdade de expressão que é muito difícil balancear o valor da liberdade de expressão com outros direitos.
"Se Sebastião Bugalho se deixou capturar pela máquina do PSD e está a fazer estas propostas tímidas e de meias-tintas como é que será? Não se deixará capturar pela máquina do PPE [Partido Popular Europeu] ou pela máquina do Parlamento Europeu?", indagou.
Num apelo direto ao voto, o candidato a eurodeputado dirigiu-se diretamente aos eleitores que apelidou de "desiludidos de março" por terem votado AD para darem uma oportunidade à IL.
Segundo o candidato às europeias, o PSD "não tem suficiente ímpeto reformista" porque quando pega nos assuntos "não vai suficientemente longe, não vai à estrutura dos problemas e fica-se pelas meias-tintas".
Além da AD, Cotrim de Figueiredo também disparou na direção de Marta Temido, que acusou de "não conseguir dizer duas frases seguidas com nexo sobre a Europa e de ser uma fonte de banalidades".
"E sabem isso na campanha dela e, por isso, obrigaram-na a fugir dos debates todos para não falar, para não passar vergonhas", frisou.
Dirigindo-se igualmente aos eleitores tradicionalmente socialistas, questionou: "Não está na hora de votar na IL?".
Tânger-Corrêa também foi incluído neste rol de críticas com Cotrim de Figueiredo a considerar que quem votou no Chega nas últimas eleições legislativas de março deve estar arrependido porque "muitos já perceberam que grosseria não é sinónimo de força e que teorias da conspiração não são sinónimo de soluções e conhecimentos técnicos para resolver os problemas".
"Deixem lá o protesto e venham para o lado das soluções, isto é uma coisa séria", pediu.
Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.
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