Moedas critica "reféns de ansiedades pessoais e partidárias"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, citou hoje Camões nas cerimónias da Implantação da República para criticar aqueles que no presente estão "reféns de ansiedades pessoais e partidárias", abdicando do "interesse nacional".

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Lusa
05/10/2024 12:42 ‧ 05/10/2024 por Lusa

País

5 Outubro

"O próprio 05 de Outubro de 1910 foi uma resposta contra a vaidade de políticos que se achavam donos do país. Hoje quando se fala de bloqueios e de travar medidas essenciais para o futuro do país, devemos ser claros. O país não pode parar", disse o autarca, anfitrião das cerimónias oficiais do 05 de Outubro.

 

No discurso do 114.º aniversário da Implantação da República, realizado na Praça do Município, Carlos Moedas (PSD) defendeu que os líderes políticos devem guiar-se pelo "estado do país" e não por "estados de alma".

"Quantas vezes na nossa história nos desviámos do caminho porque foram preferidas vaidades pessoais e interesses partidários em vez do bem-comum ou do interesse nacional?", questionou o autarca, citando depois uma estrofe dos Lusíadas, a obra mais emblemática de Luís de Camões.

Entre as personalidades que estiveram presentes na cerimónia do 05 de Outubro destacou-se o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, além de Moedas, também discursou.

Esta é o primeiro 05 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março, e acontece num contexto de negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025.

Na tradicional sessão solene na Praça do Município, em Lisboa, que foi pelo segundo ano consecutivo vedado ao público, marcaram também presença, entre outras individualidades, o primeiro-ministro, Luís Montenegro e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

Antes dos discursos, foi hasteada a bandeira portuguesa na varanda do Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao som do hino nacional.

Leia Também: Moedas alerta para riscos de política de "portas escancaradas"

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