PSD e CDS-PP propõem fim dos cortes nos vencimentos dos políticos
PSD e CDS-PP vão propor o fim dos cortes de 5% nos vencimentos dos políticos em vigor desde 2010, considerando que "é da mais elementar justiça" acabar com esta medida.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política OE2025
A proposta tinha sido avançada pelo Expresso online e foi confirmada pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, na conferência de imprensa conjunta de PSD e CDS-PP de apresentação de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025.
Segundo Hugo Soares, a proposta será para que o fim dos cortes tenha "efeitos imediatos", mas disse estar disponível para a ajustar com os restantes grupos parlamentares.
Os cortes, em vigor desde 2010 e nunca revogados, aplicam-se ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, deputados, membros do Governo, representantes da República para as regiões autónomas, deputados às Assembleias Legislativas das regiões autónomas, membros dos governos regionais, governador e vice-governador civil e presidente e vereadores a tempo inteiro das câmaras municipais.
"Essa é a única reminiscência da 'troika' ainda no país, o único corte que vem ainda dos tempos da 'troika' em Portugal. Parece-me que não há razão absolutamente nenhuma para que quem exerce cargos públicos numa junta de freguesia, numa câmara municipal ou num nível superior continue a ter um corte salarial", justificou.
"E por isso creio que é da mais elementar justiça que isso possa acabar e nós temos essa coragem, nós não temos qualquer problema em combater qualquer tipo de populismo", acrescentou.
Segundo Hugo Soares, PSD e CDS-PP já falaram com outros grupos parlamentares, incluindo o PS, dizendo que até os socialistas poderiam ter "uma proposta muito similar".
"O PSD e o CDS não deixarão de acabar com o último corte que vem dos tempos da 'troika'. Creio que até do ponto de vista simbólico e político é uma iniciativa política muito meritória", defendeu.
Os dois partidos que suportam o governo, PSD e CDS-PP, somam 80 deputados, insuficientes para garantir a aprovação das propostas de alteração.
[Notícia atualizada às 17h09]
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