Numa pergunta enviada à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, Nuno Fazenda e Patrícia Caixinha questionam a governante sobre os motivos que fundamentam a decisão e, numa nota de imprensa, lamentam que esteja em curso mais um "desinvestimento e uma desvalorização do interior, neste caso na salvaguarda e proteção da Beira Baixa".
"Está o Governo disponível para reavaliar esta situação e assegurar a permanência do equipamento aéreo em apreço no aeródromo de Castelo Branco?", questionaram os deputados socialistas.
Nuno Fazenda e Patrícia Caixinha interpelaram a ministra da tutela sobre se tem conhecimento da decisão de retirar a aeronave entre 01 de novembro e 14 de maio e da reclassificação do Aeródromo Municipal de Castelo Branco num Centro de Meios Aéreos Sazonal.
No documento é referido que o concelho é o terceiro maior do país e um dos que tem maior área florestal, além de o Aeródromo Municipal de Castelo Branco ser "o maior centro de meios aéreos do país desde 2018".
Os dois deputados alertaram ainda para a moção aprovada por unanimidade pelo município albicastrense, em que é sublinhado que a retirada do equipamento "compromete significativamente a capacidade de rápida resposta a incêndios rurais, especialmente se considerarmos a localização estratégica do aeródromo e a sua proximidade à maior mancha florestal do país".
"Queremos conhecer os fundamentos desta decisão e, sobretudo, esperamos que o Governo a reverta. O distrito de Castelo Branco tem sido sistematicamente ignorado pelo Governo em várias áreas, sendo o mais recente exemplo disso a não atribuição de nenhum médico de família para este distrito em 225 vagas, quando há cerca de 28 mil utentes no distrito sem médico atribuído", sublinhou Nuno Fazenda, citado num comunicado enviado à agência Lusa.
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