A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes comentou, esta terça-feira, a notícia que dá conta que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, participou num torneio de golfe com o dono do grupo Solverde, Manuel Violas, na véspera da Conferência de Apoio à Ucrânia, ironizando que "dar umas tacadas de golfe com o amigo patrão dos casinos urgia".
"23 de fevereiro. Dia em que o primeiro-ministro deveria ter partido para Varsóvia, para dali tomar comboio para Kyiv na manhã de 24/02 com António Costa, Ursula Von der Leyen, Pedro Sánchez e outros, em solidariedade com a Ucrânia", começou por escrever a ex-candidata presidencial na rede social Bluesky.
E atirou: "Mas ir dar umas tacadas de golfe com o amigo patrão dos casinos urgia, claro".
23 de Fevereiro. Dia em q PM deveria ter partido para Varsóvia, para dali tomar comboio para estar em Kyiv na manhã de 24/2 com Costa, VDL, Sanchez e outros, em solidariedade com Ucrânia… Mas ir dar umas tacadas de golf com o amigo patrão dos casinos urgia, claro… observador.pt/2025/03/04/l...
— Ana Gomes (@anagomes54.bsky.social) March 4, 2025 at 1:05 AM
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Esta segunda-feira, o Polígrafo confirmou que o primeiro-ministro e Manuel Violas estiveram no mesmo torneio de golfe no Porto, no passado dia 23 de fevereiro, apenas dois dias após a votação da moção de censura, apresentada pelo Chega, no Parlamento.
A informação consta do site do Clube de Golfe dos Economistas, que indica que "entre os 104 jogadores participantes" destaca-se a presença do "Dr. Luís Montenegro, o primeiro-ministro de Portugal, o Dr. Manuel Violas, chairman do Grupo Unicer e o Dr. Manuel Silva Carvalho, presidente do Oporto Golf Club".
Nas redes sociais foram vários os utilizadores que questionaram se o primeiro-ministro terá falhado a Conferência de Apoio à Ucrânia a 24 de fevereiro, dia em que se assinalou o terceiro aniversário da invasão russa, para poder estar presente no torneio de golfe.
Na altura, o gabinete de imprensa do primeiro-ministro adiantou à Renascença que em causa estariam "questões de agenda", apesar de o chefe de Governo não ter agenda pública para o dia em que deveria estar em Kyiv.
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