"António Costa tem trabalhado para unir o partido"

O membro da direção do Partido Socialista, Álvaro Beleza, que durante os últimos três anos esteve ao lado de António José Seguro, disse em entrevista ao Diário de Notícias que o partido tem de se unir, "temos esse dever uns para com os outros".

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Notícias Ao Minuto
26/10/2014 08:15 ‧ 26/10/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Álvaro Beleza

Álvaro Beleza, apoiante de António José Seguro, que perdeu as eleições primárias a 28 de setembro, permanece no Partido Socialista e pretende que o legado Segurista permaneça.

Quando questionado pelo Diário de Notícias sobre as eleições primárias, algo inédito em Portugal, o socialista disse que este sufrágio “é uma marca do António José Seguro e uma reforma profunda no sistema partidário”.

“A minha luta é que sejam estendidas à designação de todos os cargos políticos individuais”, garantiu o socialista.

Sobre a vitória de António Costa, Álvaro Beleza afirma que “os resultados foram claros. Aquele que ganhou tem um mandato claro. Nunca houve um candidato a primeiro-ministro em Portugal eleito com tantos votos [120 mil]. Isso é muito relevante. Estão criadas as condições para que o PS faça um bom governo, um governo de maioria, e que tire Portugal deste fosso”.

Como apoiante de Seguro não se esquece da importância que o antigo secretário-geral teve. “Sou amigo dele há muitos anos e, portanto acho que ele é que teria melhores condições, senão não o teria apoiado. Mas perante o resultado e o mandato dos eleitores nas primárias, e também perante a atitude do António Costa de querer unir o partido a seguir às eleições, ele tem todas as condições para ser o próximo primeiro-ministro, com uma maioria forte”.

“Tudo farei para que o PS tenha maioria absoluta. É obrigação de todos os socialistas lutarem para que o PS tenha uma maioria absoluta. Não podemos é cometer os erros do passado”, explica.

Para vencer as eleições legislativas que se aproximam no próximo ano, Álvaro Beleza não esconde que a solução pode passar por uma coligação. “Para sairmos desta crise, o PS terá de ter uma atitude patriótica, formar um governo de maioria com quem quiser fazer esse governo”, garante.

No entanto, para o socialista o Segurismo não pode desaparecer. "A nossa intenção é essa – e a minha, nomeadamente. O PS tem de estar unido, temos esse dever uns com os outros”, sublinha.

“O que foi acordado segue a tradição do partido: haver uma representação do partido: haver uma representação nos órgãos de acordo com os resultados eleitorais. O António Costa cumpriu o que disse na campanha, tem trabalhado para unir o partido. O ambiente tem sido muito bom”, atira.

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