Ao longo do ano, as receitas do grupo aumentaram 4,39% para 51.727 milhões de dólares (48.489 milhões de euros) graças ao aumento das receitas de juros (+23,11%) devido aos aumentos das taxas pelos principais bancos centrais, de acordo com o comunicado enviado hoje para a Bolsa de Hong Kong, onde está cotado.
O CEO (Chief Executive Officer) do HSBC, Noel Quinn, disse que 2022 foi "um bom ano" para a empresa: "Completámos a primeira fase da nossa transformação e as nossas ligações internacionais são sustentadas por um bom e amplo poder de ganhos em todo o mundo".
O banco tinha reduzido os lucros em 5,7% até setembro devido, em parte, a deterioração de ativos decorrentes da venda da atividade bancária comercial em França, mas conseguiu inverter a situação com um último trimestre forte.
Segundo o comunicado do banco, entre outubro e dezembro, os lucros depois de impostos subiram nada menos que 68,97% face a 2021, para cerca de 4.900 milhões de dólares (4.593 milhões de euros) graças a uma combinação de um aumento das receitas (+38%) e uma redução das despesas operacionais.
O banco está a meio de um plano para reduzir custos e cortar milhares de empregos na Europa e nos EUA, a fim de reforçar a sua presença na Ásia, o seu principal mercado.
No final de dezembro, o rácio de adequação de capital de nível 1 situava-se em 14,2%, 1,6 pontos abaixo do valor no final de 2021.
Olhando para o futuro, a empresa espera aumentar as receitas com juros em pelo menos 10,4% para cerca de 36.000 milhões de dólares (33.744 milhões de euros) até 2023, quando também espera gastar cerca de 300 milhões de dólares (281 milhões de euros) no pagamento de indemnizações como parte da sua campanha de "disciplina de custos".
O conselho também disse que pretende pagar um dividendo especial de 0,21 dólares por ação se concluir a venda do negócio bancário no Canadá, que espera encerrar até ao final deste ano.
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