Estudo sugere que Alzheimer pode ser causado por vírus do herpes

O artigo científico foi publicado recentemente no Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.

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Notícias ao Minuto
23/12/2024 08:08 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

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Doenças neurológicas incapacitantes

Um  grupo de investigadores da Universidade do Estado do Arizona e do Instituto Banner Alzheimer’s, nos Estados Unidos, descobriram uma possível ligação entre o vírus do herpes e a doença de Azheimer, segundo um estudo publicado recentemente no Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.

 

De acordo com os cientistas, 45% dos casos de Alzheimer podem estar relacionados  com uma infeção intestinal crónica causada pelo citomegalovírus (CMV), um dos nove vírus da família do herpes. "Acreditamos ter encontrado um subtipo biologicamente único de Alzheimer que pode afetar de 25% a 45% das pessoas com esta doença", disse  o coautor do estudo Ben Readhead, em comunicado à imprensa.

A confirmar-se, os especialistas esperam vir a testar medicamentos antivirais como alternativas para o tratamento ou a prevenção do Alzheimer causado pelo CMV. Por enquanto, estão a desenvolver uma análise de sangue que seja capaz de identificar pessoas que tenham sido infetadas por esta forma de herpes.

Leia Também: Os primeiros sinais de demência podem manifestar-se no andar

Recorde-se que Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa perda de memória e declínio cognitivo progressivos, perturbações da linguagem e até dificuldade em realizar tarefas como pagar contas e lidar com o dinheiro. É a forma mais comum de demência, um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

Leia Também: Médicos deixam sério aviso sobre cancro com sintomas "inespecíficos"

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