As autoridades espanholas deram início a uma operação de buscas por um crocodilo que foi avistado no troço do rio Douro entre Simancas e Tordesilhas. O Serviço de Proteção da Natureza da Guarda Civil espanhola (Seprona), encarregue da operação, indica que se trata de um animal com cerca de 250 quilos.
De acordo com os especialistas, trata-se de um crocodilo do Nilo, uma espécie considerada "muito agressiva", tendo sido detetado por três pessoas distintas entre sexta-feira e sábado na zona de Pesquerela, perto de Valladolid.
O primeiro alerta foi dado na manhã de sábado à polícia local de Simancas, uma localidade a 20 quilómetros de Valladolid, por um grupo de jovens, que asseguravam ter visto um animal "muito parecido com um crocodilo" em terra. Mais tarde, ligou um adulto, morador em Simancas, que "conhece bem o terreno", e disse aos agentes que tinha visto "um animal de tamanho considerável que ziguezagueava na água", segundo cita a imprensa local.
Assim, a polícia alertou os meios de socorro próprios para poder criar um perímetro de segurança em algumas partes desta zona da foz de Pisuerga, no Douro, popular entre pescadores, canoístas e banhistas. Através do Twitter, as autoridades camarárias pedem aos cidadãos que não se aproximem da zona.
Animal peligroso en el término municipal d Simancas concretamente en el río #DueroRogamos a vecinos y paseantes que no se bañen ni se acerquen a las zonas próximas a la senda del río- Policía Local: 667697842- Guardia Civil: 983795929- Emergencias: 112 pic.twitter.com/b8R3LK6bge
— AyuntamientoSimancas (@AytoSimancas) June 7, 2020
As buscas das autoridades e dos biólogos arrancaram este domingo e contam com 10 pessoas e o apoio de drones, que permitiram já descobrir dois ninhos, que foram já analisados por elementos do Seprona, bem como restos de peixes com mordeduras identificadas que apontaram para um crocodilo do Nilo.
Foram também montadas algumas armadilhas nos ninhos e na água para tentar capturar o réptil, e será percorrida "com prudência", estando a ser considerada a possível intervenção do grupo de atividades subaquáticas da Guarda Civil e dos bombeiros.
As autoridades suspeitam que o animal possa ter sido abandonado naquele local pelo antigo dono.
De acordo com a agência Efe, estão envolvidos nas operações de busca mais de dez elementos das autoridades, não só para procurar o animal mas também para impedir que os habitantes acedam à zona ribeirinha de Simancas.