"news_bold">"Houve um acordo unânime entre governo britânico e todas as regiões autónomas em que devemos prosseguir, em princípio, com os regulamentos existentes porque não queremos criminalizar os planos feitos pelas pessoas há muito tempo", disse hoje no parlamento, no debate semanal com os deputados.
No entanto, o primeiro-ministro vincou ser "vital neste momento muito complicado assumir um grau elevado de responsabilidade pessoal, especialmente no contacto com pessoas idosas, evitando contacto com idosos quando possível".
Johnson acusou o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, de querer "cancelar o Natal" porque está a colocar pressão para o Governo rever os planos anunciados no mês passado de permitir o ajuntamento de até três agregados familiares dentro de casa entre 23 e 27 de dezembro, independente do nível de restrições locais.
Duas das principais revistas médicas do país, o British Medical Journal e o Health Service Journal, publicaram na terça-feira um editorial conjunto em que alertam o governo para repensar a decisão porque "custará muitas vidas".
Invocando este aviso, Starmer disse que o levantamento das restrições do Natal vai ser o "próximo grande erro" do Governo devido ao risco de impacto nas taxas de infeção e aumento de hospitalizações.
Devido à "situação muito grave" no País de Gales, o chefe do executivo autónomo, Mark Draper, anunciou um confinamento a partir de 28 de dezembro, e, apesar de manter o acordo nacional, indicou que o conselho agora é que apenas se juntem dois agregados durante o Natal.
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, também disse que não pretende recuar no compromisso feito em novembro, mas recomendou que a "forma mais segura de passar o Natal este ano é ficar no próprio agregado e casa" e disse que qualquer interação com outro agregado deve, se possível, ser ao ar livre.
O Reino Unido é um dos países mais afetados pela pandemia covid-19, tendo contabilizou oficialmente 64,908 mortes de covid-19, mas o balanço sobe para 76.287 quando se incluem os casos cuja certidão de óbito inclui a covid-19 como fator contributo, mesmo que a infeção não tenha confirmada por teste.
Nos últimos sete dias registou um aumento médio de 30% no número de casos de contágio, em especial no sudeste de Inglaterra, onde Londres e outras zonas periféricas estão desde hoje no nível mais elevado de restrições ao contacto social e funcionamento de setores como a restauração.
Entretanto, o governo revelou hoje que, desde o início da vacinação contra o coronavírus, na semana passada, já foram imunizadas 137.897 pessoas, das quais 108 mil em Inglaterra, 18.000 na Escócia, 7.897 no País de Gales e 4.000 na Irlanda do Norte.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.733 pessoas dos 353.576 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.