A troca de um primeiro grupo de prisioneiros, supervisionada por um comité militar conjunto, ocorreu na aldeia de al-Shwayrif, no sudoeste do país, segundo a Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL na sigla em inglês).
A Líbia está dividida entre o Governo de Acordo Nacional (GAN), apoiado pela ONU na capital, Tripoli, e autoridades rivais com base no leste do país. Cada um dos lados conta com a ajuda de milícias locais, bem como de potências regionais e internacionais.
O país rico em petróleo mergulhou no caos após a revolta de 2011, apoiada pela NATO e que derrubou e matou o ditador Muammar Kadhafi.
Em abril de 2019, o marechal Khalifa Haftar, "homem forte" do leste, lançou uma ofensiva para tentar ocupar Tripoli, campanha que fracassou após a Turquia começar a apoiar militarmente o GAN.
Os dois lados assinaram em outubro um cessar-fogo, patrocinado pela ONU, que previa a troca de todos os prisioneiros.
A UNSMIL não indicou quantos prisioneiros já foram libertados por cada uma das partes, mas apelou aos dois campos para acelerarem a aplicação do acordo, incluindo a troca de prisioneiros.
O acordo de cessar-fogo também dava três meses para a saída da Líbia das forças estrangeiras e mercenários, mas dois meses depois da sua assinatura ainda não foi anunciado qualquer progresso sobre o assunto.
Em sentido contrário, o parlamento turco aprovou na terça-feira o prolongamento por 18 meses da autorização de destacamento de militares para a Líbia.
Hoje, o ministro turco da Defesa, Hulusi Akar, chegou à Líbia, com responsáveis do exército, para se encontrar com os seus aliados e visitar as unidades militares turcas presentes no país, anunciou o governo turco.