Biden lamenta morte de jovem negro pela polícia e apela à calma
O presidente dos EUA lamentou hoje a morte "trágica" do jovem afro-americano Daunte Wright, morto no domingo pela polícia durante um controlo de trânsito, apelando aos manifestantes para que continuassem "pacíficos", depois de uma noite de confrontos.
© JIM WATSON/AFP via Getty Images
Mundo Daunte Wright
"O que se passou" no domingo em Brooklyn Center, nos arredores de Minneapolis, "é verdadeiramente trágico, mas penso que é preciso esperar para ver o que nos diz o inquérito", declarou Joe Biden aos jornalistas, na Sala Oval.
"Enquanto se espera, quero dizer claramente: não há qualquer justificação para a violência", acrescentou.
Estes acontecimentos recentes agravaram o ambiente de tensão que já vivia na zona, uma vez que é em Minneapolis que está a decorrer o julgamento de Derek Chauvin, o polícia branco acusado de assassinar George Floyd no ano passado.
"As manifestações pacíficas são compreensíveis", disse Biden.
"E o facto é que nós sabemos que a cólera, a dor, o sofrimento que existem nas pessoas negras neste contexto é real, séria e importante", prosseguiu.
"Mas isto não justifica a violência", sublinhou Biden, para acrescentar: "Devemos escutar a mãe de Daunte, que apelou à calma e à paz".
Interrogado sobre o processo de Derek Chauvin, Biden disse ter "esperança em que haja um veredicto e uma resolução que sejam apoiados por uma vasta maioria dos habitantes da região. É o que espero".
O chefe da polícia de Brooklyn Center afirmou hoje que a agente tinha confundido a sua arma de serviço com a pistola elétrica (taser), quando disparou sobre Daunte Wright, de 20 anos.
"Foi um tiro acidental que provocou a morte trágica de Wright", acrescentou o chefe da polícia, que divulgou as imagens do incidente.
Biden considerou o vídeo "chocante" e avançou: "Foi um acidente ou foi deliberado? Isso tem de ser esclarecido com um inquérito completo".
Daunte Wright terá sido morto a tiro momentos depois de ter telefonado para a mãe a dizer que estava a ser levado pela polícia, que foi chamada a intervir num incidente violento no bairro.
A mãe, Katie Wright, disse que ouviu agentes de segurança a pedir ao filho para largar o telefone e um deles terminou-lhe a chamada.
A namorada de Daunte ligou-lhe minutos depois a dizer-lhe que o filho tinha sido baleado.
Por volta da meia-noite local o autarca de Brooklin Centre, Mike Elliott, declarou recolher obrigatório até à manhã de hoje, alegando a necessidade de manter a segurança pública e considerando a morte de Daunte Wright um "incidente trágico".
"Queremos que todos estejam a salvo. Por favor, tenham cuidado e vão para casa", disse o autarca, na mensagem em que justificava a medida de recolher obrigatório.
O Departamento de Assuntos Criminais do Estado de Minnesota já anunciou que vai investigar o caso do envolvimento de uma agente policial no tiroteio que vitimou Daunte Wright.
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