"Não consideramos o novo governo israelita menos mau do que o anterior"

O primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, disse hoje que a saída de Benjamin Netanyahu do poder marca "o fim de um dos piores períodos do conflito israelo-palestiniano", um dia após a posse do novo Governo em Israel.

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Lusa
14/06/2021 12:44 ‧ 14/06/2021 por Lusa

Mundo

Mohammed Shtayyeh

"A saída do primeiro-ministro israelita após 12 anos no poder marca o fim de um dos piores períodos da história do conflito israelo-palestiniano", disse Mohammed Shtayyeh antes da reunião governamental semanal em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

"Não consideramos este novo Governo menos mau do que o anterior", declarou Shtayyeh, condenando "os anúncios do novo primeiro-ministro Naftali Bennett de que apoia os colonatos israelitas".

"O novo Governo (israelita) não tem futuro se não levar em consideração o futuro do povo palestiniano e os seus direitos legítimos", afirmou Shtayyeh.

O parlamento de Israel aprovou no domingo o Governo de coligação do novo primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, que sucede a Benjamin Netanyahu, que esteve no poder cerca de 12 anos.

Dos 119 deputados presentes (de um parlamento de 120), 60 votaram a favor da nova coligação, que integra partidos que vão desde a direita à esquerda e conta com o apoio de um partido árabe.

Cinquenta e nove deputados, a maioria do partido Likud de Netanyahu e de partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, opuseram-se a esta nova solução governativa para Israel.

O parlamento israelita aprovou, assim, um voto de confiança no "governo de mudança" liderado pelo líder da direita radical Naftali Bennett e pelo líder centrista Yair Lapid, encerrando mais de 12 anos de governação de Benjamin Netanyahu.

Após esta renhida votação, cada um dos membros do 36.º Governo de Israel foi empossado no Knesset (parlamento), começando pelo primeiro-ministro Naftali Bennett.

O Likud de Benjamin Netanyahu ficou em primeiro lugar nas eleições de março, mas sem reunir a maioria de 61 deputados necessária para formar governo.

Perante este impasse, o Presidente de Israel, Reuven Rivlin, pediu ao então líder da oposição, Yair Lapid, que tentasse uma solução governativa, que foi alcançada em junho, ao reunir a maioria suficiente para assegurar este objetivo.

A coligação que governa Israel a partir de agora reúne o apoio de dois partidos de esquerda, dois do centro, três da direita e, num caso muito raro na história de Israel, um partido árabe - o Raam - do islâmico moderado Mansour Abbas.

O movimento islâmico Hamas, no poder no enclave palestiniano de Gaza e que está sob bloqueio israelita, disse que este novo Governo não vai mudar "em nada" as relações do Hamas com Israel, após o cessar-fogo estabelecido em 21 de junho que encerrou mais um conflito sangrento entre os dois inimigos.

Leia Também: Novo governo de Israel assume poder e Netanyahu passa a líder da oposição

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