Segundo o porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, ao mesmo tempo, Washington vai acelerar, com voos diários, a evacuação de intérpretes e outros contratados que apoiaram o exército dos Estados Unidos, que podem ser ameaçados de represálias se os talibãs tomarem o poder.
Segundo Ned Price, serão enviados para o Afeganistão cerca de 3.000 soldados, que se juntarão aos 650 que ainda lá se encontram.
Os Estados Unidos vão também enviar mais 3.500 soldados para o Qatar, para garantir que, caso a situação se deteriore em Cabul, possam ser deslocados rapidamente para o terreno.
As tropas norte-americanas vão garantir apoio terrestre e aéreo na segurança das operações, nomeadamente dos norte-americanos enviados ao aeroporto de Cabul, disse o oficial, que pediu anonimato ao abordar um plano ainda não divulgado.
A medida, refere a agência Associated Press (AP), sugere uma falta de confiança do Presidente norte-americano, Joe Biden, na capacidade de o governo afegão garantir segurança diplomática suficiente na capital, enquanto os talibãs continuam com uma vasta ofensiva, tendo já conquistado o controlo de 11 capitais provinciais afegãs.
O Pentágono manteve cerca de 650 soldados no Afeganistão para apoiar a segurança diplomática dos Estados Unidos, incluindo no aeroporto.
Os talibãs lançaram uma vasta ofensiva contra as forças do Governo de Cabul no início de maio, após o anúncio da retirada final das forças internacionais do Afeganistão, que deve estar concluída no final deste mês.
Localizado na Ásia, o Afeganistão faz fronteira com seis países (Paquistão, Tajiquistão, Irão, Turquemenistão, Uzbequistão e China), sendo a paquistanesa a mais extensa, com 2.670 quilómetros.
[Notícia atualizada às 20h20]
Leia Também: Negociadores afegãos pedem reunião urgente do Conselho de Segurança