"Esta manhã descobrimos vários corpos de civis mortos pelos rebeldes", disse ao portal de notícias local 7sur7.dc Muhindo Kalunga Meso, chefe do grupo de aldeias rurais de Buliki, no território de Beni e onde está localizada Kasanzi, a aldeia atacada.
"Além dos cinco mortos na sexta-feira, outros 14 (corpos) foram agora encontrados em Kasanzi. Isso eleva o número de mortos para 19, provisoriamente", acrescentou.
Meso apelou às autoridades militares para intensificar as operações nos arredores de Buliki, onde acredita que os rebeldes da ADF se tenham escondido depois de serem perseguidos em outras regiões do território de Beni.
As ADF começaram a sua campanha violenta em 1996 no oeste de Uganda como uma resposta política ao regime do Presidente ugandês, Yoweri Museveni - a quem acusaram de ser contra os muçulmanos -, até que o exército forçou a sua retirada para a fronteira com a RDCongo.
A partir daí fazem incursões em território congolês, no último ano mais frequentes e violentas, aproveitando-se de uma geografia montanhosa que lhes permite esconderem-se das operações militares e da missão das Nações Unidas no país (MONUSCO), que conta com mais de 14.000 militares.
Os seus objetivos são difusos, além de terem uma possível ligação com a organização 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
De acordo com o dispositivo de vigilância Kivu Security Tracker, cerca de 120 grupos armados permanecem ativos no leste da RDCongo, espalhados pelas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul, Ituri e Tanganica.
Em resposta à crescente violência, as províncias de Kivu do Norte e Ituri estão sitiadas e sob administração militar desde 30 de abril passado.
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