O Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas (UNHAS), em funcionamento desde 29 de agosto nas cidades afegãs de Mazar-i-Sharif, Kandahar e Herat, retomou no domingo a sua ligação à capital, indicou hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM), com sede em Roma.
"Levar trabalhadores humanitários e carregamentos de socorro ao Afeganistão e seus arredores é vital, se temos alguma esperança de impedir uma catástrofe total", assegurou a diretora do PAM no país asiático, Mary-Ellen McGroarty, segundo o comunicado divulgado pela agência humanitária, a maior do mundo.
O UNHAS conta também com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que deste domingo patrocinou três voos com material médico para Cabul.
Apesar disso, o PAM apela ao apoio económico para manter os serviços aéreos e ajudar a quantidade de "afegãos desesperados em vários pontos do país", devido à instabilidade gerada pelo regresso dos talibãs ao poder no país.
"Com mais de 90% das famílias a lutar por comer o suficiente e uma crescente crise humanitária em todo o país, as agências de ajuda estão com dificuldades em satisfazer necessidades maciças antes que seja demasiado tarde", refere o PAM, que teme não contar com recursos suficientes antes do inverno.
Em agosto, mais de 400.000 pessoas receberam assistência graças às colunas de transporte que operam em todo o Afeganistão, mas será necessário chegar a nove milhões de pessoas por mês "para evitar uma catástrofe humanitária".
Além da ligação direta com o Afeganistão, o PAM está a distribuir alimentos e outros artigos básicos em alguns pontos da fronteira com o Paquistão, o Tajiquistão e o Uzbequistão.
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