Reznikov apelou aos cidadãos da região no leste da Ucrânia para que "tentem evitar a mobilização forçada, de qualquer maneira", porque "isso salvará as suas vidas".
"Nos últimos dias, o exército ucraniano tem capturado cada vez mais pessoas que foram mobilizadas à força e lançadas em combate como 'carne para canhão' pelos ocupantes russos. Sabemos ambos que a escala da mobilização forçada está a crescer", disse o ministro dirigindo-se aos cidadãos do Donbass, território disputado por separatistas pró-russos.
Reznikov afirmou que as pessoas de Donbass mobilizadas pelos ocupantes "não estão incluídas nas estatísticas de perdas do exército da Rússia", porque os russos consideram-nas "dispensáveis".
"Nós ainda os consideramos cidadãos da Ucrânia, como antes. Consideramo-los como um de nós. Se não cometeram crimes, estão seguros. Vamos lidar com as diferenças mais tarde", disse o governante.
No caso de ter sido forçado a alistar-se no exército russo, Reznikov apelou aos destinatários da mensagem para ficarem do lado das forças ucranianas "o mais rápido possível".
"Todos aqueles que depuserem as armas estarão a salvo. Trataremos de tudo. O principal é evitar o irreversível e salvar vidas. Se estão a cometer crimes, mas querem fugir, fujam. Ou rendam-se. Mas muito rapidamente", acrescentou o ministro.
Reznikov disse ainda que aqueles que cometeram crimes "poderão voltar à vida normal depois de cumprirem a sua pena".
"Precisaremos de mãos extras para recuperar Donbass depois de a limpar dos ocupantes", declarou.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,5 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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