Num despacho hoje divulgado, o presidente do Tribunal de Primeira Instância, uma instância do TJUE, rejeitou o pedido da RT França para a adoção de medidas provisórias para ser suspensa a decisão do Conselho da UE que interdita a difusão no bloco comunitário de 'media' alinhados com o regime de Moscovo.
O presidente do Tribunal de Primeira Instância da UE considera que os prejuízos causados à RT França pela interrupção da emissão são "de ordem puramente económica e financeira", e não humanitária, como o canal de televisão alega.
O despacho determina ainda que a decisão do Conselho da UE foi tomada no âmbito de uma estratégia global que visa pôr fim à agressão sofrida pela Ucrânia o mais rapidamente possível.
Vários órgãos de comunicação ligados a Moscovo foram, em 01 de março, banidos da UE, decisão englobada no pacote de sanções adotado contra a Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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