"As imagens e os relatórios emergentes das atrocidades cometidas contra civis em Bucha e outras regiões da Ucrânia são abomináveis e repreensíveis e a Nova Zelândia continua a responder aos atos de agressão sem sentido" do Presidente russo, Vladimir Putin, disse a .
Na cidade de Bucha, perto da capital ucraniana, foram encontrados cadáveres de civis pelas ruas e em valas comuns, com sinais de terem sido executados, na sequência da retirada das tropas russas.
Nanaia Mahuta sublinhou que a Rússia deve "ser responsabilizada por crimes de guerra e atrocidades cometidas contra civis inocentes".
"Juntamente com 41 outros países, a Nova Zelândia anunciou o apoio à acusação do Tribunal Penal Internacional e ofereceu financiamento para as investigações", acrescentou a diplomata.
O ministro do Comércio da Nova Zelândia, Damien O'Connor, disse que as novas sanções pretendem "pressionar o regime de Putin", em conjunto com outras medidas aplicadas pela comunidade internacional, "para que as hostilidades na Ucrânia cessem".
As novas sanções entrarão em vigor em 25 de abril, segundo um comunicado do Governo, que indicou que "é a resposta económica mais significativa da Nova Zelândia à invasão russa até o momento".
Na terça-feira, a Casa Branca anunciou que os Estados Unidos e os aliados ocidentais vão impor hoje sanções adicionais ao Kremlin, incluindo a proibição de qualquer novo investimento na Rússia.
Entre as medidas tomadas estão o alargamento de sanções contra instituições financeiras e empresas estatais russas e sanções contra funcionários do governo e familiares.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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