"Não estamos bem". Um dia após tiroteio, professores revelam insegurança
Os Estados Unidos assistiram ontem ao seu pior massacre da última década.
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Mundo EUA
Professores espalhados um pouco por toda a parte nos Estados Unidos acordaram, esta quinta-feira, com um sentimento estranho, que os leva a olhar para anos e anos de profissão com uma nova visão.
"Não estamos bem", é a frase que define aquilo que sentem docentes de todo o país, cujas lágrimas dizem não conseguir conter ao pensar no que aconteceu em Uvalde, no Texas.
A NBC entrevistou vários professores que lhes relataram como encaram o dia após mais um tiroteio numa escola norte-americano. Um relata que não conseguiu conter as lagrimas enquanto tomava o pequeno almoço. Outro assume que passou a analisar todos os alunos à medida que iam entrando pela porta. Outra, professora há 40 anos, revela que olha agora pra as escolas como um campo de batalha.
O que gostava de dizer na sequencia do tiroteio em Uvalde?, questionou a NBC a vários professores. As respostas refletem o sentimento que paira no ar.
"Verifiquem os vossos amigos professores. Nós não estamos bem. Levar um tiro não devia ser um risco profissional para os professores, e definitivamente não para os estudantes. Nem sequer nos pagam um salário digno, mas cada um de nós vai acima das suas funções e garanto que cada professor daria a sua vida pelos seus alunos", respondeu Laura, de Dallas.
Já outra refere que "é professora do ensino primário, bem como mãe de crianças do ensino básico". "Estou exausta de sentir medo em enviar os meus filhos para a escola, bem como de ficar na escola sozinha", diz Anna, de Honolulu.
Outros referem-se ainda à "inocência" perdida nas escolas e outros confessam que após décadas a leccionar, que nunca imaginaram que uma das suas principais preocupações seria garantir a sua "segurança".
Os EUA assistira, esta quarta-feira, ao pior massacre da última década. Um crime cometido por um jovem de 18 anos e que matou 23 pessoas, das quais 19 eram crianças.
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