UE condena ataque do grupo M23 contra missão da ONU na RDCongo

A União Europeia condenou hoje os ataques do grupo M23 contra a missão da ONU na República Democrática do Congo (RDCongo) e as Forças Armadas daquele país, lamentando a "preocupante escalada de violência na região dos Grandes Lagos".

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Lusa
26/05/2022 12:59 ‧ 26/05/2022 por Lusa

Mundo

União Europeia

"Ataques deliberadamente direcionados a civis ou forças de paz são contrários ao direito internacional. A UE condena-os veementemente", afirmou um porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) em comunicado.

O porta-voz apelou para que se evite a escalada da violência e se "usem os mecanismos existentes para verificação conjunta e resolução de conflitos".

"O processo político lançado recentemente em Nairobi [no Quénia] deve continuar. A UE insta todos os grupos armados a participarem incondicionalmente", acrescentou o porta-voz no comunicado.

O Exército da República Democrática do Congo (RDCongo) manteve intensos combates nesta terça-feira contra supostos rebeldes do grupo M23, a cerca de 20 quilómetros da cidade de Goma, a mais populosa do leste do país e capital da província de Kivu do Norte.

Estes confrontos ocorreram um dia depois de o M23 ter atacado outras posições militares na província de Kivu do Norte, ataque que o diretor da Missão de Estabilização das Nações Unidas (MONUSCO), Bintou Keita, condenou.

O M23 foi formado em abril de 2012, quando militares do Exército congolês se revoltaram devido à perda de poder do seu líder, Bosco Ntaganda, processado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e por supostas violações do acordo de paz de 23 de março de 2009, que dá nome ao movimento.

O leste da RDCongo está devastado por um conflito alimentado por rebeldes e ataques do Exército há mais de duas décadas, apesar da presença da MONUSCO, com mais de 14.000 soldados destacados.

Leia Também: Uma tonelada e meia de marfim apreendida na RD Congo

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