"O tribunal ordena o julgamento na sua secção de Haia, com declarações de abertura a 29 de setembro (...) e depoimentos em 05 de outubro", disse o juiz Iain Bonomy, do Mecanismo dos Tribunais Penais Internacionais (MTPI), citado pela agência France-Presse.
Detido em 16 de maio de 2020 nos subúrbios de Paris, após 25 anos em fuga, Félicien Kabuga é acusado de ter participado na criação da milícia hutu Interahamwe, a principal ala armada responsável pelo genocídio de 1994, que matou mais de 800 mil pessoas, de acordo com a ONU, principalmente entre a minoria tutsi.
Kabuga, de 87 anos, encontra-se atualmente detido em Haia, aguardando julgamento perante o MTPI, responsável pela conclusão dos trabalhos do Tribunal Penal Internacional para o Ruanda.
Ex-presidente da Rádio Télévision Libre des Mille Collines (RTLM), que emitiu apelos à morte de tutsis, Félicien Kabuga é acusado entre outras coisas, de genocídio, incitação direta e pública à prática de genocídio e crimes contra a humanidade (perseguições e exterminações).
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