"O meu governo está comprometido em eliminar o inimigo. Não teremos que continuar a chorar por mais ataques", disse o Presidente somali, numa conferência de imprensa em Mogadíscio.
Mohamud, vencedor das eleições presidenciais de maio passado, assegurou que, agora que acabou de completar o seu gabinete de governo, "é hora de concentrar no Al-Shebab".
"Estou a anunciar uma guerra total contra o Al-Shebab e peço ao povo somali que apoie essas operações, trabalhando com as nossas tropas para eliminar o inimigo", acrescentou o Presidente, que não especificou quando se iniciarão essas operações militares.
Na sexta-feira, combatentes do Al-Shebab ocuparam o Hayat Hotel (Mogadíscio), conhecido por muitas vezes hospedar políticos e funcionários do governo, num ataque que durou mais de 30 horas e em que morreram pelo menos 21 pessoas, conforme confirmado pelo ministro da Somália, Ali Haji Adan.
Além disso, houve 117 feridos, dos quais 15 estavam em estado grave no domingo.
O Al-Shebab, um grupo ligado à rede Al-Qaida desde 2012, realiza frequentemente ataques terroristas na capital somali e noutras partes do país para derrubar o governo central e estabelecer pela força um estado islâmico wahabita (ultraconservador).
O movimento fundamentalista controla algumas partes da Somália.
A Somália vive um conflito armado desde o derrube do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, que deixou o país sem um governo eficaz e à mercê de senhores da guerra e milícias islâmicas.
Leia Também: Corno de África. Número de pessoas sem água potável já são 16,2 milhões