Um tribunal holandês condenou, esta quinta-feira, dois russos e um separatista ucraniano a prisão perpétua pelo envolvimento na queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, em 2014. Um quarto suspeito, de cidadania russa, foi absolvido.
O veredito surge após o mesmo tribunal ter concluído que a queda do voo a 17 de julho de 2014 foi causada por um míssil de fabrico russo, lançado a partir do leste da Ucrânia, numa altura de confrontos entre as forças separatistas pró-russas e ucranianas. Morreram 298 pessoas.
Segundo a BBC, foram condenados os russos Igor Girkin, antigo coronel do Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB), e Sergey Dubinskiy, funcionário da agência de inteligência militar russa GRU, além do separatista ucraniano Leonid Kharchenko, que, apesar de não ter formação militar, terá liderado uma unidade de combate em Donetsk, no leste da Ucrânia.
O quarto suspeito, Oleg Pulatov, antigo soldado das Forças Especiais russas, foi absolvido.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa já garantiu que vai “examinar” a conclusão do tribunal. “Vamos estudar esta decisão porque em todas estas questões, todas as nuances importam. Depois de examinar o documento, estaremos provavelmente prontos para oferecer uma declaração”, frisou o porta-voz adjunto do ministério russo, Ivan Nechaev, numa conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Reuters.
Os quatro suspeitos encontram-se foragidos, acredita-se que estejam na Rússia e que o país não os extraditará.
O avião MH17 da Malaysia Airlines - que fazia a ligação entre Amesterdão, nos Países Baixos, e Kuala Lumpur, na Malásia - foi abatido a 17 de julho de 2014 no leste da Ucrânia, matando 283 passageiros e 15 tripulantes.
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