A Polícia Nacional deteve 38 pessoas por usarem empresas fictícias para se registarem na Segurança Social, gerando uma dívida de quase 90.000 euros, informou a sede da Polícia de Madrid, citada pelo La Razon.
Dois dos detidos serviram de intermediários na obtenção de subsídios de desemprego, autorizações de residência e empréstimos bancários, sendo que também se praticavam casamentos arranjados.
A investigação começou em janeiro de 2021 e ocorreu em duas fases, refere o mesmo meio. A primeira terminou em julho do ano passado com a prisão de 20 pessoas, incluindo o líder da rede. Este homem dirigia um escritório no distrito madrilenho de Carabanchel, de onde se processavam alugueres de moradias, empréstimos pessoais, vendas de contratos de trabalho, inscrições na Segurança Social e casamentos arranjados para obtenção de autorizações de trabalho.
A segunda fase, que resultou na prisão de 38 pessoas, duas delas intermediárias, terminou em meados de novembro deste ano.
Através de duas empresas fictícias, supostamente dedicadas à construção civil e ao fabrico de vestuário, respetivamente, foram simuladas relações laborais até 56 trabalhadores, o que lhes permitiu comprovar meios de subsistência suficientes para processar autorizações de residência, subsídio de desemprego e outras prestações inerentes à Segurança Social espanhola.
Assim, o grupo gerou uma dívida por falta de pagamento de contribuições para a Segurança Social de 63.000 euros e 26.000 euros por cobrança indevida de prestações de desemprego.
Os supostos criminosos tinham taxas diferenciadas para seus clientes, dependendo dos serviços solicitados. Ia desde 3.500 euros por um contrato de trabalho para regularizar a situação em Espanha de um cidadão estrangeiro e 600 euros pela inscrição numa das empresas.
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