O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, recebeu o primeiro-ministro do Japão, em Varsóvia um dia depois da deslocação surpresa a Kyiv, onde Fumio Kishida esteve reunido com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Tendo em conta o 'fardo' cada vez maior sobre a Polónia, devido à invasão prolongada da Ucrânia", Kishida disse que Tóquio vai oferecer assistência a Varsóvia construindo projetos de forma vigorosa.
O Japão costuma garantir ajuda especial aos países em vias de desenvolvimento, mas "não é este o caso da Polónia", frisou.
Mesmo assim, Tóquio diz que vai promover "uma exceção" por causa da guerra na Ucrânia.
Kishida defendeu que países com ligações estreitas - como o Japão e a Polónia - têm de se manter unidos no apoio à Ucrânia e cumprir as sanções contra a Rússia.
Durante uma conferência de imprensa conjunta em Varsóvia, Morawiecki disse que "ambos os países compreendem a ameaça à paz mundial vinda do imperialismo russo".
A Polónia garante ajuda militar, auxílio humanitário e apoio político à Ucrânia no sentido de fortalecer Kyiv.
Kishida que deve liderar o G7 a partir de maio disse que o Japão vai defender a necessidade de se continuar a cooperação com a Polónia, assim como o apoio internacional à Ucrânia.
Após a reunião com Morawiecki, que ultrapassou os trinta minutos previstos inicialmente, Kishida disse que o Japão está interessado em construir "laços mais estreitos com alianças regionais" na Europa Central e Oriental.
O primeiro-ministro japonês referiu-se em especial aos nove países membros do flanco oriental da NATO, o Grupo de Visegrado que inclui a Polónia, a República Checa, a Eslováquia e a Hungria, e os países que participam na iniciativa económica dos Três Mares.
A iniciativa dos Três Mares é um projeto geopolítico que engloba doze Estados membros da União Europeia situados entre o Mar Báltico, o Mar Negro e o Mar Adriático.
Depois do encontro com o líder do Executivo da Polónia, Kishida reuniu-se com o chefe de Estado polaco, Andrzej Duda.
Kisihida visitou Kyiv na terça-feira, na mesma altura em que decorriam os encontros entre o líder da República Popular da China, Xi Jinping, e o Presidente russo, Vladimir Putin, em Moscovo.
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