Esta é a primeira mulher em quase 20 anos a ser executada pela autoridades de Singapura.
"A sentença de morte imposta a Saridewi Binte Djamani foi executada a 28 de julho de 2023", informou o Gabinete Central de Estupefacientes, em comunicado.
Djamani foi condenada por tráfico de 30,72 gramas de heroína, mais do dobro do volume punível com a pena de morte em Singapura.
A residente "beneficiou do devido processo legal e foi representada por um advogado durante todo o processo", de acordo com a mesma nota.
"Recorreu da condenação e sentença, e o Tribunal de Apelo rejeitou o recurso em 6 de outubro de 2022", disse o gabinete, acrescentando que o apelo de clemência presidencial também foi rejeitado.
Djamani é a primeira mulher a ser executada na cidade-estado desde 2004, disse o gabinete.
As execuções judiciais foram retomadas no centro financeiro da Ásia em março de 2022, após uma pausa de dois anos durante a pandemia da Covid-19. Desde então, a pena capital foi aplicada a 15 presos.
Na quarta-feira, Mohd Aziz bin Hussain, um residente de 57 anos, foi enforcado por traficar cerca de 50 gramas de heroína.
Singapura tem uma das leis mais duras do mundo em matéria de droga: o tráfico de mais de 500 gramas de canábis ou de mais de 15 gramas de heroína é punível com a morte.
Esta semana, várias organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos, entre os quais a Amnistia Internacional (AI), instaram o Governo a pôr termo às execuções, salientando que o efeito dissuasor da pena capital sobre a criminalidade não foi provado.
De acordo com a AI, Singapura é um dos quatro países - juntamente com China, Irão e Arábia Saudita - que confirmaram ter executado reclusos por crimes relacionados com a droga no ano passado.
Singapura insiste que a pena de morte contribuiu para tornar o país num dos mais seguros da Ásia.
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