"As pessoas que procuram a independência de Taiwan são essencialmente instigadoras de guerra", acusou Zhu em conferência de imprensa.
A porta-voz reagiu assim aos comentários de Lai Ching-te (também conhecido como William Lai), candidato presidencial do Partido Democrático Progressista (DPP), tradicionalmente pró - independência, que negou na semana passada que a sua eleição pudesse "aumentar o risco de guerra" com a China.
"É vergonhoso dizer tal mentira", afirmou Zhu.
A porta-voz manifestou também a sua expectativa de que os EUA respeitarão o princípio 'Uma só China' e honrarão "compromissos e consensos políticos cruciais" para manter a estabilidade na região.
O comentário surgiu terça-feira, na véspera de os líderes da China e EUA, Xi Jinping e Joe Biden, se reunirem, em São Francisco. Os órgãos de comunicação de Taiwan avançaram que Biden vai pedir a Xi que não interfira nas eleições do território, que se realizam no início do próximo ano.
Zhu também condenou as acções do DPP, atualmente no poder em Taiwan, apontando para uma posição "ambivalente e de duplo sentido" em relação ao Acordo-Quadro de Cooperação Económica, um pacto transfronteiriço destinado a reduzir as barreiras comerciais.
As críticas centraram-se na aparente "contradição" do DPP, que, apesar de afirmar não querer acabar com acordo, criou incertezas que "afectam diretamente os interesses de Taiwan".
Pequim reivindica a soberania sobre Taiwan, um território que considera uma província sua, a ser reunificada pela força, caso seja necessário.
A ilha autónoma é uma das principais fontes de fricção entre Pequim e Washington, uma vez que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taiwan e seriam o seu principal aliado, no caso de uma agressão chinesa.
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