Bruxelas defende apoio militar a Kyiv e política de sanções à Rússia

A Comissão Europeia defendeu hoje a continuidade do apoio militar à Ucrânia e da política de sanções à Rússia, para evitar uma vitória russa no conflito em território ucraniano que implicaria o fim da União Europeia "como a conhecemos".

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© Dursun Aydemir/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
28/11/2023 19:26 ‧ 28/11/2023 por Lusa

Mundo

Peter Stano

"A União Europeia tal como a que convém estaria acabada (em caso de vitória russa). A Rússia promove um conjunto de valores como o desrespeito pelas fronteiras, pela soberania dos países e pela Carta das Nações Unidas", defendeu o 'porta-voz principal' do alto representante e vice-presidente da Comissão Europeia, Peter Stano, que conversou com jornalistas, em Bruxelas.

Deixar a Ucrânia à mercê de Putin implicaria igualmente o fim deste país e a destruição não ficaria por aí, referiu, acrescentando que ter a Rússia mais próximo do território europeu seria uma "ameaça vital".

Stano assinou ainda que, pela primeira vez na história, a União Europeia decidiu apoiar militarmente um país em conflito.

"Os Estados-membros estão a enviar dinheiro, a União Europeia não. Estamos apenas a reembolsar parte do custo", esclareceu.

A Comissão Europeia sublinhou ainda que as avaliações aplicadas contra a Rússia estão a ter efeito, ao enfraquecer a capacidade do país “continuar com a agressão”.

Neste sentido, a União Europeia deverá adotar um novo pacote de avaliações ainda este ano.

A operação militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia envolveu, de acordo com os dados mais recentes da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de análises políticas e econômicas.

Leia Também: Ucrânia. Metsola alerta para discriminação se Hungria bloquear ajuda

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