"A União Europeia tal como a que convém estaria acabada (em caso de vitória russa). A Rússia promove um conjunto de valores como o desrespeito pelas fronteiras, pela soberania dos países e pela Carta das Nações Unidas", defendeu o 'porta-voz principal' do alto representante e vice-presidente da Comissão Europeia, Peter Stano, que conversou com jornalistas, em Bruxelas.
Deixar a Ucrânia à mercê de Putin implicaria igualmente o fim deste país e a destruição não ficaria por aí, referiu, acrescentando que ter a Rússia mais próximo do território europeu seria uma "ameaça vital".
Stano assinou ainda que, pela primeira vez na história, a União Europeia decidiu apoiar militarmente um país em conflito.
"Os Estados-membros estão a enviar dinheiro, a União Europeia não. Estamos apenas a reembolsar parte do custo", esclareceu.
A Comissão Europeia sublinhou ainda que as avaliações aplicadas contra a Rússia estão a ter efeito, ao enfraquecer a capacidade do país “continuar com a agressão”.
Neste sentido, a União Europeia deverá adotar um novo pacote de avaliações ainda este ano.
A operação militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia envolveu, de acordo com os dados mais recentes da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de análises políticas e econômicas.
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