Base aérea dos EUA no Iraque atacada. Há pelo menos um ferido grave

Um número ainda indeterminado de militares dos EUA sofreram ferimentos ligeiros.

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Notícias ao Minuto com Lusa
20/01/2024 16:03 ‧ 20/01/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Iraque

A base aérea de Ain al-Asad, no Iraque, foi alvo de um ataque, este sábado. A informação foi fornecida por uma fonte do governo norte-americano, de acordo com a agência Reuters.

Um número ainda indeterminado de militares dos EUA sofreram ferimentos ligeiros, enquanto pelo menos um membro das forças de segurança do Iraque ficou gravemente ferido.

À agência France-Presse (AFP), um oficial da polícia da província de al-Anbar referiu que a base militar iraquiana "foi alvo de 15 'rockets'", dos quais 13 foram abatidos pelas defesas antiaéreas, enquanto "dois caíram na base aérea".

Falando sob condição de anonimato, referiu ainda informações "preliminares" de que "um membro das forças de segurança iraquianas ficou gravemente ferido".

Pouco depois, a milícia pró-iraniana Resistência Islâmica do Iraque - Kataib Hezbollah - reivindicou a autoria do ataque, segundo um comunicado divulgado pela agência noticiosa semi-oficial iraniana Tasnim.

Por seu lado, um responsável militar norte-americano confirmou à AFP que "mísseis" tinham "atingido a base aérea de Ain al-Assad", assegurando que estava em curso "uma primeira avaliação dos danos", efetuada conjuntamente pelas forças norte-americanas, as da coligação internacional e oficiais iraquianos.

Atentados como o de hoje intensificaram-se desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre o movimento islamita palestiniano Hamas e Israel, em outubro. A maioria destes ataques com drones e foguetes foi reivindicada pela "Resistência Islâmica no Iraque", um grupo nebuloso de combatentes de grupos armados pró-iranianos.

O ataque de hoje segue-se à morte de cinco membros da Guarda Revolucionária Iraniana, o exército ideológico do Irão, incluindo dois conselheiros de alto nível, num ataque em Damasco, capital da Síria, atribuído a Israel por Teerão, que ameaçou retaliar.

Na segunda-feira à noite, o Irão já tinha disparado mísseis balísticos contra o Curdistão autónomo, no norte do Iraque, alegando ter como alvo um local utilizado por "espiões do regime sionista [Mossad]".

Sublinhe-se que, na quinta-feira, o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, defendeu o início imediato do processo para a retirada da coligação internacional, liderada pelos EUA, que considerou "necessária para a segurança" do Iraque.

Antes, Mohammed Shia al-Sudani tinha reiterado, durante uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que "as Forças Armadas iraquianas, com todas as suas capacidades, alcançaram a segurança e eliminaram as raízes do terrorismo", pelo que, argumentou, estavam reunidas as "condições adequadas para pôr fim ao papel da coligação e iniciar uma transição rumo à coordenação da segurança bilateral nas relações entre o Iraque e os países amigos".

Várias milícias pró-iraquianas atacaram bases e objetivos norte-americanos no Iraque e na Síria à luz do apoio dado por Washington a Israel na ofensiva contra a Faixa de Gaza.

A coligação liderada pelos EUA respondeu por diversas vezes com bombardeamentos a posições destes grupos, alguns deles integrados nas forças de segurança iraquianas, o que levou Al-Sudani a criticar duramente Washington.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, massacrando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 24.000 pessoas - na maioria mulheres, crianças e adolescentes - e feridas acima de 60 mil, também maioritariamente civis.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

[Notícia atualizada às 17h57]

Leia Também: EUA condenam ataques iranianos no Iraque, Síria e Paquistão

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