"O ataque de ontem à noite é uma ação aventureira e mais um erro estratégico da parte dos americanos, que não terá outro resultado senão intensificar as tensões e a instabilidade na região", reagiu Nasser Kanani em comunicado.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros não revelou se algum iraniano tinha sido morto nos ataques, nem aludiu a eventuais represálias.
O porta-voz descreveu os ataques como "uma violação da soberania e da integridade territorial do Iraque e da Síria, do direito internacional e uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas".
Os Estados Unidos afirmaram ter visado um total de 85 alvos em sete locais diferentes na Síria e no Iraque, mas nenhum em território iraniano.
Pelo menos 18 combatentes pró-iranianos foram mortos no leste da Síria, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), e no Iraque 16 pessoas, incluindo civis, foram mortas, anunciou hoje o Governo iraquiano.
Estes ataques foram realizados em resposta ao atentado de 28 de janeiro contra uma base na Jordânia, perto da fronteira síria, que custou a vida a três militares americanos, um ataque atribuído por Washington a grupos apoiados pelo Irão.
A operação foi "um sucesso", declarou a Casa Branca, que voltou a deixar claro que não quer uma "guerra" com o Irão.
"Os ataques americanos contra o Iraque, a Síria e o Iémen visam satisfazer os objetivos do regime sionista", acrescentou Nasser Kanani, referindo-se a Israel, um Estado que o Irão não reconhece.
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