Zelensky diz que a Rússia pretende mobilizar 300 mil soldados em junho

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que a Rússia a preparar-se para mobilizar 300 mil soldados adicionais em junho.

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© Andrew Kravchenko/Bloomberg via Getty Images

Lusa
03/04/2024 15:49 ‧ 03/04/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Posso garantir que a Rússia está preparar-se para mobilizar 300 mil soldados adicionais em 1 de junho", afirmou Zelensky durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente finlandês, Alexander Stubb, em Kyiv.

Questionado sobre as necessidades do exército ucraniano a este respeito, Zelensky recusou-se a fornecer números específicos, mas garantiu que ao longo deste ano "não será necessário meio milhão" de novos soldados.

O próprio presidente ucraniano, que na terça-feira ratificou uma lei para reduzir a idade de mobilização de 27 para 25 anos, disse em dezembro que os comandantes do exército haviam exigido a mobilização de mais 500 mil homens.

Na conferência de imprensa, o presidente finlandês recusou-se a especular se a Finlândia pretendia enviar tropas para a Ucrânia.

"Não há razão para a Finlândia enviar tropas para a Ucrânia. Apoiamos a Ucrânia de todas as formas possíveis", sublinhou Stubb, que assinou hoje um acordo de segurança com a Ucrânia que será válido pelos próximos dez anos.

No contexto atual, a prioridade é fornecer armas, munições e treino a Kyiv, bem como preparar o caminho para a adesão dos ucranianos à União Europeia (UE) e à NATO, afirmou Stubb.

O chefe de Estado finlandês anunciou ainda um pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 188 milhões de euros que inclui munições pesadas e meios de defesa aérea.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

Leia Também: Prosseguem esforços para documentar e punir crimes de guerra na Ucrânia

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