"Posso garantir que a Rússia está preparar-se para mobilizar 300 mil soldados adicionais em 1 de junho", afirmou Zelensky durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente finlandês, Alexander Stubb, em Kyiv.
Questionado sobre as necessidades do exército ucraniano a este respeito, Zelensky recusou-se a fornecer números específicos, mas garantiu que ao longo deste ano "não será necessário meio milhão" de novos soldados.
O próprio presidente ucraniano, que na terça-feira ratificou uma lei para reduzir a idade de mobilização de 27 para 25 anos, disse em dezembro que os comandantes do exército haviam exigido a mobilização de mais 500 mil homens.
Na conferência de imprensa, o presidente finlandês recusou-se a especular se a Finlândia pretendia enviar tropas para a Ucrânia.
"Não há razão para a Finlândia enviar tropas para a Ucrânia. Apoiamos a Ucrânia de todas as formas possíveis", sublinhou Stubb, que assinou hoje um acordo de segurança com a Ucrânia que será válido pelos próximos dez anos.
No contexto atual, a prioridade é fornecer armas, munições e treino a Kyiv, bem como preparar o caminho para a adesão dos ucranianos à União Europeia (UE) e à NATO, afirmou Stubb.
O chefe de Estado finlandês anunciou ainda um pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 188 milhões de euros que inclui munições pesadas e meios de defesa aérea.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
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