O líder britânico afirmou que a decisão, que implicará uma despesa de cerca de 90 mil milhões de euros por ano até ao final da década, representa "o maior impulso" para a defesa nacional do Reino Unido nesta geração e justificou-a como uma necessidade "num mundo cada vez mais perigoso, onde atores como a Coreia do Norte, o Irão, a Rússia e a China são cada vez mais assertivos".
Numa conferência de imprensa em Varsóvia, Sunak referiu que grande parte do orçamento será utilizada para repor as reservas de munições das forças armadas britânicas e para efetuar "reformas radicais no modelo de produção da indústria de defesa".
"Hoje estamos num ponto de viragem para a segurança europeia e este é um momento crucial para a defesa do Reino Unido", afirmou o político conservador, acrescentando que o investimento na defesa trará "prosperidade e segurança" ao Reino Unido, que ficará "mais seguro em casa e mais forte no estrangeiro".
Membro da NATO, o Reino Unido gastou 2,07% do PIB em defesa no ano passado, de acordo com os dados da Aliança Atlântica, na qual é o segundo país que mais dinheiro canaliza para o setor da defesa, atrás dos Estados Unidos.
Também presente na capital polaca, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou na mesma conferência de imprensa que o aumento das despesas militares do Reino Unido "fará a diferença".
Sunak fez as declarações durante uma viagem à Polónia, pouco antes de um encontro com o homólogo polaco, Donald Tusk, para discutir a cooperação entre aliados no apoio à Ucrânia, país alvo de uma ofensiva militar russa desde fevereiro de 2022.
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