Um jovem de 26 anos foi detido, na terça-feira, sob suspeita de estar a planear uma “ação violenta” durante a passagem da chama olímpica em Bordéus, em França.
O suspeito, que era simpatizante do movimento ‘incel’, conhecido pelo ódio às mulheres, foi detido em Eysines, segundo o CNEWS.
O mesmo meio adiantou que o jovem, que ficou em prisão preventiva depois de ter sido presente a tribunal, na quarta-feira, estaria a planear um assassinato em massa durante a passagem da chama olímpica em Bordéus, marcada para esta quinta-feira.
Alex G, que reside em Gironde, não tinha antecedentes criminais. Durante buscas domiciliárias, as autoridades encontraram uma arma que disparava munições de borracha, além de vários telemóveis e um computador.
A investigação teve início depois de, a 17 de maio, as autoridades terem detetado uma mensagem preocupante que poderia estar a glorificar o ataque levado a cabo por Elliot Rodger que, a 23 de maio de 2014, matou seis pessoas e feriu outras 14, antes de colocar termo à própria vida, em Isla Vista, na Califórnia. O jovem de 22 anos também fazia parte do movimento ‘incel’ e tinha uma profunda aversão às mulheres.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, deu conta da detenção de “um indivíduo que planeava uma ação violenta durante a passagem da chama olímpica”, tendo agradecido à polícia e a “todos os agentes do Ministério do Interior” pelo seu trabalho, na rede social X (Twitter).
Un individu planifiant une action violente lors du passage du relais de la flamme olympique à Bordeaux a été interpellé. Merci aux policiers et plus largement à l’ensemble des agents du ministère @Interieur_Gouv qui sécurisent cette fête populaire avec un professionnalisme et un… https://t.co/GPncdNBhUm
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) May 23, 2024
De acordo com o tribunal de Bordéus, o suspeito admitiu “ter considerado um ato sem localização específica” e não falou diretamente sobre a passagem da chama olímpica. Ainda assim, foi descrito como estando "psicologicamente frágil".
As autoridades estão a investigar.
Recorde-se que a chama olímpica está no início de uma odisseia de 12 mil quilómetros em França e nos seus territórios ultramarinos. A chama deveria viajar até Nova Caledónia, mas os tumultos dos últimos 10 dias levaram ao cancelamento da passagem.
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