À entrada para o tribunal, Trump -- que está em campanha como candidato republicano para tentar regressar à Casa Branca, nas eleições presidenciais de novembro próximo - criticou mais uma vez a situação judicial em que está envolvido, alegando que este é "um julgamento que não deveria ter ocorrido".
Trump criticou também o juiz que preside ao julgamento, Juan Merchan, chamando-lhe corrupto e acrescentou que este é "um dia perigoso para a América".
Depois de seis semanas de intensos debates na sala de tribunal, a defesa e a acusação têm hoje uma última oportunidade de convencer o júri - sete homens e cinco mulheres chamados a decidir sobre este caso com riscos políticos para o candidato republicano nas eleições de 05 de novembro.
O Ministério Público de Nova Iorque alega que o 45.º presidente dos Estados Unidos (2017-2021) foi de facto culpado de falsificar os documentos contabilísticos do seu grupo de empresas, a Organização Trump, para ocultar um pagamento à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels para evitar um escândalo sexual, no final da sua campanha presidencial de 2016.
Os procuradores insistem que através deste pagamento - que comparam a uma despesa oculta de campanha - Donald Trump corrompeu a eleição de 2016, ao comprar o silêncio da atriz sobre uma relação sexual que ela afirma ter tido com ele em 2006, quando este já era casado com Melania.
Donald Trump nega ter tido qualquer relação sexual com Stormy Daniels e apresenta-se como vítima de uma cabala política, tendo recusado fazer qualquer depoimento durante o julgamento.
Hoje, a defesa tentará mais uma vez questionar a credibilidade da principal testemunha de acusação, Michael Cohen, o antigo advogado de Donald Trump, para semear dúvidas no júri, que apenas pode condenar o ex-presidente se houver uma decisão unânime.
Após as alegações finais, o juiz Juan Merchan confiará aos jurados, talvez já na quarta-feira, a tarefa de decidir se consideram o ex-chefe de Estado norte-americano culpado ou inocente.
Se não conseguirem chegar a um acordo unânime, o julgamento terá de ser repetido.
Se for considerado culpado, o candidato presidencial republicano, de 77 anos, poderá recorrer e, em qualquer caso, aparecer nos boletins de voto no dia 05 de novembro.
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