Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a 7 de outubro do ano passado, o Hezbollah tem trocado regularmente tiros com o exército israelita em apoio ao seu aliado palestiniano.
"Um drone israelita atingiu uma ambulância (...) um socorrista foi morto e outro ficou ferido" em Naqoura, uma cidade na fronteira com Israel, disse à agência de notícias francesa Agence France-Presse (AFP) um responsável do Comité de Saúde Islâmico, um grupo afiliado ao Hezbollah.
Também a agência noticiosa nacional (ANI) confirmou que um drone israelita "atingiu uma ambulância do Comité de Saúde Islâmico em Naqoura".
O Comité de Saúde Islâmico acrescentou depois que uma mulher tinha sido morta e quatro outras feridas num ataque israelita à cidade de Adloun, a 30 km da fronteira. Segundo a ANI, um drone israelita atacou uma casa que ficou "completamente destruída".
Em comunicado, o exército israelita declarou que os seus caças tinham "atingido uma estrutura militar" na região de Naqoura "onde foi identificada a atividade de uma célula terrorista". O exército israelita comunicou igualmente a interceção de um drone proveniente do Líbano.
O Hezbollah afirmou ter disparado "dezenas de foguetes Katyusha" contra o norte de Israel "em resposta ao ataque" em Naqoura, e reivindicou a responsabilidade por outros ataques na sexta-feira, incluindo com drones e mísseis.
O Hezbollah anunciou que dois dos seus combatentes tinham sido mortos, mas não especificou em que região. No entanto, uma fonte próxima do Hezbollah disse que uma das vítimas tinha sido morta num bombardeamento em Ain Qana, a cerca de 45 km da fronteira israelita.
Na rede social X, o coordenador humanitário da ONU para o Líbano, Imran Riza, lamentou o sucedido, dizendo estar "profundamente perturbado por saber que uma ambulância foi alvo de um ataque" e recordando que "vinte profissionais de saúde foram mortos desde 8 de outubro".
Em quase oito meses de violência, já morreram cerca de 450 pessoas no Líbano, a maioria combatentes e mais de 80 civis, segundo uma contagem da AFP. Vinte socorristas, entre os quais dez membros do Comité de Saúde Islâmico, encontram-se entre os mortos.
Do lado israelita, pelo menos 14 soldados e 11 civis já morreram, segundo as autoridades.
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