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Furacão Beryl continua como categoria 4 e atinge Jamaica e ilhas Caimão
O furacão Beryl, particularmente precoce na temporada de furacões no Atlântico, prepara-se para atingir hoje a Jamaica e as ilhas Caimão, após matar pelo menos sete pessoas e causar enorme devastação no sudeste das Caraíbas.
© Marco Bello/Reuters
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O Beryl é atualmente um furacão de categoria 4 numa escala de 5, com ventos de 230 quilómetros por hora, segundo o Centro Nacional da Furacões (NHC) dos EUA, que prevê que a tempestade passe "perto ou sobre a Jamaica nas próximas horas".
O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, apelou a toda a população para que "sigam as ordens de evacuação" e "implorou" a todos os que vivem em áreas propensas a inundações para que se mudem "para abrigos ou um lugar mais seguro".
O Beryl deve atingir a Jamaica na categoria 3 ou 4, o que pode causar "danos consideráveis devido ao vento, especialmente em casas, telhados, árvores e linhas de energia" elétrica, apontou hoje o diretor do NHC, Michael Brennan, que classificou o furacão como "extremamente perigoso".
São esperados também deslizamentos de terra e inundações repentinas associadas a chuvas torrenciais, inclusivamente no sul do Haiti.
Depois, o Beryl deverá atravessar as ilhas Caimão na noite de hoje ou no início de quinta-feira, de acordo com o NHC, antes de seguir em direção à península de Yucatán, no México, onde se espera que chegue já enfraquecido na noite de quinta-feira.
O Beryl é o primeiro furacão da temporada no Atlântico e impressionou os especialistas ao ganhar intensidade muito rapidamente durante o fim de semana. Chegou a ser classificado como furacão de categoria 5, o primeiro alguma vez registado pelo serviço meteorológico dos EUA.
Três mortes associadas ao furacão Beryl foram registadas na Venezuela e pelo menos três pessoas morreram em Granada, assim como uma outra em São Vicente e Granadinas.
Um furacão tão poderoso é extremamente raro no início da temporada de furacões, que vai do início de junho até ao final de novembro.
O Observatório Meteorológico Americano alertou no final de maio que a temporada de 2024 seria extraordinário, com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou superior.
Estas previsões estão relacionadas com o esperado desenvolvimento do fenómeno meteorológico La Niña, bem como com as elevadas temperaturas das águas no Oceano Atlântico, que têm estado em valores recorde há mais de um ano.
Leia Também: NASA mostra furacão Beryl a partir do Espaço. Eis as imagens
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