A taxa de participação foi de 28,8%, segundo o Isie, a maior taxa de abstenção desde a instauração da democracia em 2011, período em que o país realizou três eleições presidenciais.
Os outros dois candidatos, Ayachi Zammel e Zuhair Maghzausi, obtiveram 7,35% e 1,97% dos votos, respetivamente, segundo o mesmo organismo.
Magzhausi lidera o Movimento Popular (Echaab) desde 2013 após o assassinato do então chefe do partido, Mohamed Brahmi, uma das principais referências da esquerda tunisina, enquanto Ayachi Zamel, líder do partido liberal Azimun, esteve detido durante toda a campanha eleitoral.
O país, considerado um dos poucos exemplos de sucesso democrático após a eclosão da 'Primavera Árabe', em 2011, sofreu durante os últimos cinco anos um retrocesso nos direitos e liberdades.
Esse retrocesso foi atribuído ao Presidente, o que levou os seus críticos a fazer comparações entre o atual chefe de Estado e Zine el Abidine ben Ali, que governou o país entre 1987 e 2011, e cujo longo mandato terminou precisamente com aquela revolução.
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