O Irão é um gigante da energia, com as segundas maiores reservas de gás natural do mundo, de acordo com a Agência de Informação sobre Energia (EIA) norte-americana.
Contudo, o país tem sido forçado a racionar a eletricidade nas últimas semanas, devido à falta de gás e de combustível para alimentar as suas centrais elétricas.
Uma vaga de frio no oeste e no norte do país, incluindo a capital Teerão, está a agravar estas dificuldades devido às maiores necessidades de energia para aquecimento.
Hoje, dia útil no Irão, as escolas e os edifícios públicos foram encerrados, nomeadamente nas províncias de Golestan, Guilan e Ardabil, no norte do país, informou a agência noticiosa oficial Irna.
"Esta decisão foi tomada por causa do tempo frio e para gerir o consumo de combustível", adianta a Irna, acrescentando que decisões semelhantes foram tomadas nas províncias de Teerão, Hamadan e Kermanshah (oeste), Mazandaran (norte), Ghazvin (centro) e Khorassan do Sul (leste).
Metade das 31 províncias do Irão é afetada, em diferentes graus, pelas medidas de abastecimento de energia, tendo ocorrido nos últimos dias cortes de energia inesperados.
Na quinta-feira, o presidente iraniano Massoud Pezeshkian apelou à população para baixar a temperatura das suas casas "pelo menos dois graus", a fim de pouparem energia e aliviarem a escassez.
O Irão foi o sétimo maior produtor mundial de petróleo bruto em 2022 e tem as terceiras maiores reservas comprovadas, atrás da Venezuela e da Arábia Saudita, de acordo com a EIA.
Mas a rede elétrica iraniana sofre com a falta de investimento em infraestruturas, principalmente devido às sanções ocidentais, escreve AFP.
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