"As escolas, as universidades e as repartições públicas de Teerão e dos arredores serão encerradas [de novo] amanhã [terça-feira]", anunciou a televisão estatal, referindo-se ao "frio persistente".
As autoridades meteorológicas iranianas preveem que as temperaturas atinjam os -3°C em Teerão na noite de segunda-feira, o que provocará um aumento do consumo de gás para aquecimento, num país com uma população de cerca de 85 milhões de habitantes.
O Irão já foi obrigado a racionar a eletricidade nas últimas semanas, devido à falta de gás e de combustível para alimentar as suas centrais elétricas.
Hoje, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, pediu desculpa pelas repetidas faltas e cortes de eletricidade, que estão a enfurecer a população.
As autoridades prolongaram igualmente o encerramento de escolas e edifícios públicos em várias regiões, incluindo Kermanshah (oeste), Ardabil e Mazandaran (norte) e Isfahan (centro).
No norte do Irão, várias centrais elétricas da província de Golestan foram encerradas por falta de gás, informou hoje a agência noticiosa Fars. Nesta parte do país, as temperaturas desceram para -5°C.
Na província central de Lorestan, a cerca de 200 quilómetros da capital, Teerão, "algumas das centrais elétricas a gás foram [também] encerradas" pelo mesmo motivo, acrescentou a televisão estatal.
Mais de metade das 31 províncias do Irão é afetada, em diferentes graus, pelas medidas de abastecimento de energia.
Ao mesmo tempo, o consumo de gás aumentou 18% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a companhia de gás iraniana.
O Irão, com as segundas maiores reservas de gás natural do mundo, de acordo com a Agência de Informação Energética dos Estados Unidos (EIA), foi o sétimo maior produtor mundial de petróleo bruto em 2022.
No entanto, a rede de eletricidade iraniana está a sofrer com a falta de investimento na infraestrutura, principalmente devido às sanções ocidentais.
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